Yahoo! Hack Day Brasil 2008
O que acontece quando você junta algumas centenas de hackers exageradamente criativos em um lugar só, dá comida, bebida, ferramentas, grandes pufes roxos e dá um prazo de 36 horas para eles fazerem algo extraordinário?
Coisas extraordinárias, o que mais poderia ser?
Arrastando os móveis
Ontem, enquanto descansava do longo dia de trabalho, eu arrastei alguns móveis. Criei resumos para os artigos que estão aqui (várias vezes simplesmente pegando o primeiro parágrafo) e habilitando comentários em todos eles. Tropecei e publiquei alguns rascunhos por acidente, mas resolvi rapidinho.
Plone rocks.
O próximo passo é trabalhar mais o tema do site. Está muito óbvio que ele usa Plone. Pretendo brincar com variações sobre ele, mudando o tema de tempos em tempos. Vai ser divertido.
O círculo se fecha
Apenas para ilustrar um comentário meu, a barra de ícones do Windows 7 é, curiosamente, parecida com a do Windows 1.0.
Agora, podemos comparar à nova versão (tirada do site BetaNews):
Podemos observar que os ícones são apenas imagens (ao contrário do Windows 3, em que eles tinham um nome) e têm uma região fixa em que podem existir (ao contrário do Windows 2, em que eles podiam ficar em qualquer ponto do desktop).
Idéias idiotas
Não é sempre que isso acontece, mas, de vez em quando, Steve Jobs tem razão. Olhando um vídeo na CNET sobre os features de touchscreen do Windows 7 e de ver a telinha do notebook balançando instável sob a pressão da mão do usuário, eu só posso concordar:
Que puta idéia idiota.
Eu quero?
O IDG Now! (que roda em Plone, exatamente como esse site que você lê), deu uma notinha dando conta de que o Windows 7 já vazou pra torrentolândia e que pode ser facilmente baixado por quem quiser dar uma olhada nele.
Eu preciso confessar que estou um pouco curioso. Eu fui beta-tester do Vista. Reportei um único bug (que nunca foi corrigido - apagar o setor de boot na instalação e estragar o dia de quem usa outros sistemas, aparentemente, é um feature) e ganhei, com isso, uma licença do Ultimate que eu nunca instalei. Está lá, queimado em um DVD com o código da licença num papel. Eu sou curioso e acho que não há mal nenhum em olhar um produto só porque ele é da Microsoft. Ainda mais, um produto no qual o futuro da maior empresa de software do planeta depende. Gostemos ou não da MS, o Windows 7 é importante.
A questão é se eu estou curioso a ponto de baixar um torrent, queimar uma mídia e instalar num computador.
Acho que não. Muito trabalho...
Nesse sábado eu instalei o Ubuntu 8.10 no meu netbook e estou feliz da vida com ele. Reconheceu tudo de primeira, exceto o wireless, um Atheros bem nojentinho, que deu um pouco de trabalho (ler uma página na web e repetir dois encantamentos: instalar um pacote e setar um default). De resto, tudo é ótimo. Vídeo funciona bem (Intel e Linux funcionam muito bem juntos), ele gosta do meu queimador de DVD externo, a bateria dura uma eternidade e é muito fácil de carregar por aí. Virou meu computador de trabalho.
Não tenho qualquer compulsão irresistível de instalar o Windows 7.
Se pintar um convite pra beta-tester no Connect, talvez eu dê uma olhada. Talvez eu até reporte algum bug.
Mas pedir que eu tenha trabalho com isso, já é demais.
O press-release nosso de cada dia
Depois do fracasso do Vista, é importantíssimo para a Microsoft que o Windows 7 seja um sucesso. Mais do que isso: é importantíssimo que as decisões de migrar para fora do Windows (seja para o Linux, seja para o Mac ou mesmo apenas os servidores para algum Unix) sejam adiadas pelo maior tempo possível.
Para atingir esse objetivo, eles precisam de duas coisas: da expectativa por um bom sistema operacional, com recursos avançados e de credibilidade de que ele seja entregue.
A forma mais simples de se conseguir isso é "abrindo" o processo do desenvolvimento. Noticiando e distribuindo betas e plantando notícias. Não acontece um único dia sem uma notícia sobre o Windows 7. É de propósito.
Os features "da moda" também não podem ser deixados de lado nos releases:
- Se multi-touch virou moda com o iPhone, Windows 7 tem que ter (por mais que não faça sentido a não ser em tablets). Leia-se: "Somos modernos e podemos fazer tudo o que a Apple faz (por mais que ela diga que não vai fazer porque é uma idéia estúpida)".
- Se a "nuvem" é importante, ele tem que suportar até 256 núcleos. Leia-se: "Não pense em trocar seus servidores Windows por servidores Unix - nós também seremos capazes de usar servidores parrudos".
- Se netbooks fazem sucesso, ele precisa poder rodar neles. Leia-se: "Você vai poder comprar um netbook com o Windows mais moderno. Não compre um com Linux".
Essas são algumas características-chave que foram divulgadas. Do mesmo jeito que com o Windows Vista, eu aposto, várias delas (dos que já foram anunciadas e das que ainda virão) serão eliminados até o lançamento na primeira metade de 2010.
É só voltar a essa página em 2010 para ver no que deu.
Golpes Baixos
Eu até concordo que a Apple pega no pé da Microsoft nos anúncios da campanha Get a Mac. Também concordo que a MS acertou em cheio com a segunda fase da campanha, com os vídeos "I'm a PC" (eu também sou, mas rodo Linux), mas colocar quiosques em frente às Apple Stores é forçar um pouco os limites do socialmente aceitável. É intrusivo.
Nos quiosques, funcionários da empresa (terceiros da agência de publicidade responsável, provavelmente) convidam pessoas a gravar seus próprios vídeos para, supostamente, fazerem parte de comerciais futuros.
E não adianta dar uma de espertinho e dizer "I'm a Mac" ou "I'm a PC and I run [Linux|BSD|Solaris]". Alguém vai olhar antes de publicar.
Afinal, são os dólares reservados à publicidade funcionando...
Windows fanboys e OpenID
Nos relatórios do Google Analytics, eu notei algumas coisas interessantes desde que foi colocado um link (clique aqui e suba algumas linhas) para esse site em um texto meu particularmente controverso no Webinsider. O tráfego aqui, o número de visitantes que vieram do Webinsider e a porcentagem de usuários de Internet Explorer aumentaram mais ou menos na mesma proporção. Ainda assim, os comentários continuam no mesmo rítmo de antes, pelo mesmo perfil de usuário (74.8% Windows, 19.59% Linux). Da observação do aumento de tráfego de usuários de Windows e IE e da manutenção do rítmo de comentários, eu posso formular uma hipótese: a de a grande maioria dos usuários de Windows que chegam aqui têm problemas para fazer comentários porque não conseguem fazer o login via OpenID, ou porque não entendem o mecanismo, ou porque se perdem no processo.
Para testar essa hipótese, eu estou colocando aqui um link que explica como se faz para obter um login OpenID.
Se eu estiver certo, o número de comentários deve aumentar na mesma razão que o tráfego de usuários Windows com IE, que mais do que quintuplicou desde a publicação do link.
Vamos ver o que acontece.
Cosmética veterinária
Steve Ballmer é uma figura adorável.
Bom... Pelo menos eu me divirto muito com ele.
Desde o mantra "developers, developers, developers" (vindo de quem é um cara de vendas) até ele dizer que entre desenvolvedores é onde ele fica mais feliz. E, claro, os escorregões.
Essa semana ele mencionou, casualmente, que o Windows 7 seria o "Windows Vista, só que muito melhor". Não é novidade. Já foi dito que o Windows 7 não usaria o kernel MinWin (outro vaporware). Em resumo, aparentemente, o Windows 7 é o Windows Vista com um UAC um pouco menos intrusivo e sem muitas das coisas que são normalmente instaladas no Vista. Você instala um Windows 7, baixa uma porrada de coisas e tem um... Windows Vista. Aquele produto que simplesmente voa das prateleiras e que todos desejam a ponto de mais ou menos 30% dos usuários preferirem pagar mais caro pelo mesmo computador, só para que ele venha com Windows XP.
Isso explica o curto ciclo de desenvolvimento. O Windows 7 sai em 2010.
Não era para demorar mesmo. A tradição tem mostrado que bastam duas pessoas para fazer isso: uma segura o porco e a outra passa batom nele.
E pronto. O Windows 7 já pode até ser lançado.
Blogueiro-celebridade e Windows fanboy sempista se expõe ao ridículo
Um dos principais inimigos do usuário de Windows mediano é a sua auto-confiança.
Pra o que eu faço hoje...
Melhor que eu seja o primeiro a postar isso...
Um país de usuários de Linux
Fiquei sabendo agora, lendo no Slashdot, que todas as urnas eletrönicas usadas nas eleições deste ano rodavam Linux.
Ainda que de uma forma tímida, todos os eleitores votantes do país usaram diretamente um sistema operacional livre. Como prova para os fanboys céticos, o Augusto Campos postou fotos e um vídeo no BR-Linux.org.
É um dos maiores deployments do sistema já registrados - mais de 400.000 máquinas - e funcionou perfeitamente. Dá o que pensar.
Dia de maçã
A Apple sempre faz coisas interessantes. Às vezes proprietárias, às vezes limitadas, não raro ridiculamente caras, mas sempre interessantes.
Hoje é dia de prestar especial atenção nela, porque em algumas horas devem ser mostrados novos notebooks. Até agora, parece que o MacBook Pro de 15" ficou "mais iMac", com uma borda preta em torno do display. Deve ganhar também o teclado do MacBook Air e um trackpad sem botão (onde o próprio trackpad ficou finalmente clicável)
Há também fotos da carcaça do MacBook, que, também parece, deve aposentar o plástico e aderir ao alumínio do resto da família.
É esperar para ver.
Muita cara de pau
É muita cara de pau quando alguém da Microsoft fala que quem compra um Apple paga uma "Apple tax".
É querer desviar a atenção do fato de que quase todo mundo que compra um PC (eu inclusive), mesmo que não rode Windows, paga por uma licença. A isso dá-se o nome de "Microsoft tax".
É muito desonesto querer inventar um termo novo apenas para tirar significado do antigo. Além disso, é um truque muito manjado.
Quem compra um Mac compra para rodar OSX. Nem todo mundo que compra um PC compra pra rodar Windows.
É simples assim. Não existe "Apple tax". Existe "Microsoft Tax".
Pequenas ironias
Deve haver uma explicação, mas a página do Rails Summit Latin America, organizado pela Locaweb, é um .asp...
Dois aniversários
Sábado, dia 27 de setembro, comemorou-se o GNU anniversary (ou GNU/Anniversary, como preferem alguns). 25 anos atrás Richard Stallman anunciou ao mundo que pretendia desenvolver um sistema operacional completamente livre chamado GNU. GNU quer dizer "GNU's not Unix".
Windows 7 ou Cairo 2.0
Cairo era o nome do "sistema operacional para acabar com todos os sistemas operacionais" que a Microsoft prometeu no começo dos anos 90. Cairo era uma das cartas da "mão imaginária" com a qual a Microsoft blefou por boa parte dos anos 90.
Planos
Por mais bem-sucedida que tenha sido (ainda mais em comparação com a primeira fase, aquela com a dupla de comediantes Bill & Jerry), a segunda fase da campanha tem cara de plano-B.
De vez em quando, até eles acertam a mão
Dê-se crédito a quem merece, quando merece. A segunda fase da campanha que começou com os dois filmes com Jerry Seinfeld parece bem melhor.