O Windows Está Pronto Para o Usuário Experiente?
Anos atrás, eu fiz do Linux minha plataforma de escolha. Eu trabalhei por muito tempo em computadores com Linux. Meu notebook só roda Linux. Estou acostumado a usar o Firefox e o Thunderbird. Estou acostumado ao Gaim. Estou acostumado aos comandos poderosos que podem ser invocados em uma janela de texto e a todos os outros mimos que me permitem ser mais eficiente e me preocupar mais com o meu trabalho do que em como fazê-lo.
Nos últimos dias eu tenho usado um computador que roda Windows XP. Não só isso, mas estou usando IE, Office e Visual Studio. É um desktop corporativo bastante comum: milhões de pessoas usam máquinas como essas (tirando o Visual Studio) todos os dias. Minha mãe usa. Minha namorada usa. Meus filhos usam.
Honestamente, não sei como aguentam.
Existem Muitos Windows
Uma coisa que choca é que o Windows é mono-idioma. Este Windows que eu estou usando é em português. Isso significa que as mensagens (provavelmente dentro dos programas) são em português e que eles são diferentes de uma versão para outra. O Notepad desse Windows é diferente do Notepad de um Windows em inglês.
Isso quer dizer que, se alguém que não fala português precisar usar essa máquina, esse alguém vai sofrer.
Isto também significa que esta versão tem patches de segurança diferentes das outras. Isso, por outro lado, significa que, embora as vulnerabilidades possam estar presentes e disponíveis para uso por adolescentes espinhentos do mundo todo em todas as versões, as correções podem não estar. Também significa que a Microsoft deve produzir e testar várias versões diferentes de atualizações antes de liberá-las ao público, o que custa muito dinheiro (que eles têm de sobra) e toma bastante tempo (que nós usuários não temos - cada segundo em que uma máquina é vulnerável a um ataque é importante) e permite que se introduzam novos erros (que é intolerável).
Não faz qualquer sentido que os programas sejam diferentes de uma versão nacional pra outra. Apenas as mensagens mudam entre um e outro. E isso não vale apenas para o Windows, mas para o Office, o Money e tantas outras ferramentas. Imagino que isso seja um pesadelo para a Microsoft e uma das razões para que vários países não tenham o privilégio de ter um Windows em seu idioma.
Honestamente, não sei como a Microsoft aguenta.
O engraçado nisso é que os usuários que só viram Windows na vida acham que isso é a Ordem Natural das Coisas.
Por outro lado, se alguém que só fala alemão tiver que usar meu notebook, ele vai escolher o idioma no login e tudo, magicamente, vai aparecer no idioma certo. O mesmo acontece com meu Macintosh, em casa. Você se senta na frente dele, escolhe a língua e pronto. Por trás das cortinas, o sistema simplesmente aponta para outro conjunto de mensagens e tudo funciona como se sempre tivesse sido assim. E existem muitos idiomas. O Gnome, meu ambiente gráfico de escolha, está disponível em uns 30 idiomas (eu não me dei ao trabalho de contá-los). E se, por acaso, o seu idioma favorito não estiver na lista, você pode ajudar.
Até o seu celular deve ser capaz de fazer isso.
Protetores de Tela
Uma das coisas que mais chama a atenção dos usuários Windows são as proteções de tela que qualquer Unix-like (o Linux pode ser chamado de Unix-like porque é feito à imagem do sistema operacional Unix) moderno tem. Os protetores de tela do Windows, mesmo os que você baixa por aí - incluindo aí aqueles pelos quais você tem que pagar - são normalmente muito simplezinhos em comparação.
Meu Ubuntu deve ter várias dezenas deles ativos, um mais divertido e interessante do que o outro. Alguns mostram imagens bonitas, outros simulam computadores antigos (meu favorito é o Apple II), outros ainda convidam a resolver problemas lógicos ou mostram notícias (tiradas de feeds RSS). É diversão garantida nas horas de folga.
Clipboard
Outra coisa que me incomoda no Windows é o clipboard.
Com o Lisa, a Apple apresentou o clipboard ao mundo. Você marcava um texto, escolhia "Copy" em um menu, trocava de programa e escolhia "Paste". O Lisa era assim. O Macintosh é assim. O Windows copiou também. Esse é o denominador comum em todos os ambientes gráficos recentes. Hoje em dia, muitas pessoas apertam Control-C (ou Command-C) e Control-V sem pensar.
Não que não seja bom. O problema é que isso não evoluiu nada nos últimos 20 anos.
Ao menos não no Windows.
Uma coisa que eu faço muito é copiar uma URL de um browser e colá-la em outro programa, um e-mail ou uma janela de mensagem.
No meu Ubuntu (e praticamente qualquer Unix é assim), a vida é mais fácil. Eu marco o texto em uma janela e aperto o botão do meio do mouse onde eu quero colar. Sem teclas. Simples e rápido. Puramente gestual.
Eu perdi a conta de quantos palavrões eu já soltei, de quantas vezes eu cliquei com o botão do meio no Windows e quantas vezes eu tive que voltar à janela original, encontrar de novo o que eu queria e Control-C e Control-V a coisa para a outra janela.
É impressionante o número de movimentos inúteis que sou obrigado a fazer para essas coisas simples.
Mais impressionante é que a esquecida janela de comando do Windows saiba fazer algo parecido, com o botão da direita.
A Janela de Comandos
A janela de comandos do Windows é, essencialmente, inútil. Ela é um apêndice evolucionário que ficou para trás, como as nossas caudas. Se, por um lado, o usuário comum não precisa dela, um usuário avançado poderia fazer bom uso de uma interface "mais direta" com o computador. Quem já renomeou 100 arquivos sabe do que eu estou falando.
A sorte é que existem coisas como o Cygwin, que é um "verniz" Unix que se passa no Windows para deixá-lo mais civilizado. Ele pode ser encontrado em http://sourceware.org/cygwin/. Ele traz para o Windows muitas das ferramentas que usuários avançados sempre precisaram e nunca souberam que existiam.
Instant Messaging
Quando se examina a situação dos programas de mensagens instantâneas do Windows, o panorama é particularmente miserável.
O instant messenger padrão do Windows é o Windows Messenger. Muitos usam o MSN Messenger, que é mais ou menos a mesma coisa, só que mais colorido. Ele faz milhares de coisas além de permitir que as pessoas se comuniquem. Ele permite, por exemplo, que você crie emoticons seus, com animações. O problema é quando a palavra que você resolveu usar acaba dentro de outra. Deve ser terrível mandar uma mensagem para um cliente apenas para descobrir que, no meio dela, há bolinhas risonhas e saltitantes. Ele permite também que todos saibam o que você está ouvindo no Windows Media Player. O que pode não ser ruim, desde que seu gosto musical não provoque constrangimentos. Coisas como essa são opcionais - você não precisa, por exemplo, contar pra todos o que ouve. Infelizmente, muitos optam por contar.
Com todos esses "recursos", o MSN Messenger não me basta: Eu uso programas de mensagens instantâneas desde que eles existem. O resultado disso é que eu tenho amigos no ICQ, no Yahoo, no AIM e, como não podia deixar de ser, no MSN. Eu tenho mais de uma conta no MSN - uma para clientes e contatos profissionais, uma para os amigos. Eu costumo ter mais de uma conversa ativa por vez.
No MSN isso fica entre o impossível e o impraticável.
Primeiro porque, mesmo tendo o MSN Messenger e o Windows Messenger instalados, eu tenho que usar uma única conta. São dois programas, mas eu tenho que usá-los como se fossem um só.
Para um usuário Windows, é natural rodar o ICQ, o Yahoo Messenger e o AIM para ter as mesmas funções de que eu preciso. São 4 programas ativos ao mesmo tempo (mais do que um Windows Starter Edition comportaria - ele só roda - risos - 3 por vez). Para mim, isso é uma afronta.
Além disso, cada conversa tem uma janela separada, ocupando mais espaço e desorganizando ainda mais uma tela. Até aí, era de se esperar. Afinal, "Windows" quer dizer "janelas". Muitas delas.
Contraste isso com a ordem do meu Gaim. Em um só programa, eu tenho MSN (as duas contas), o Yahoo, o AIM, o ICQ e o IRC. Tenho todos os meus contatos em uma única janela, organizados em grupos, com fotos do lado do nome quando elas estão disponíveis. Tudo do mesmo jeito. Quando eu converso, as conversas ficam em uma janela, com abas dizendo o nome da pessoa (ou o apelido que eu dei). Evidentemente, aqueles palermas que colocam seis bolos de aniversário no nome (e que fazem com que seja impossível saber quem eles são sem clicar nos seus nomes) ganham apelidos primeiro.
Outro benefício de se usar o Gaim é que todos os logs de conversas (eu gravo todas) ficam guardados no mesmo lugar, no mesmo formato. Quando eu preciso procurar alguma coisa, posso usar o Beagle para fazer buscas (Beagle é um mecanismo de busca para coisas dentro do seu computador). Posso usar o "grep" na linha de comando. Se eu preciso consolidar logs em duas máquinas, é só copiar arquivos. Se eu quiser mover minha conta para outra máquina, é só copiar a pasta do Gaim. Meus contatos vão junto. Meus grupos vão junto. Tudo vai junto e tudo funciona. Quando eu migrei do Windows pro Linux, foi isso que eu fiz.
E, evidentemente, tudo funcionou.
Para os infelizes obrigados a usar Windows (eu era um deles antes de migrar pro Linux), o Gaim tem uma versão que roda nele que está disponível aqui.
Instalar programas
Esse é um capítulo dos mais estranhos.
Quando você precisa instalar um programa no Windows, você tem algumas opções.
- Você sabe o nome do programa e sabe de onde pode baixá-lo.
- Você sabe o nome do programa e não sabe onde baixá-lo. Procura no Google, no MSN, no Superdownloads ou em qualquer outro lugar. A versão que você baixa pode ser a mais nova, pode não ser ou pode vir cheia de spyware. O risco é seu.
- Você não sabe o nome do programa, nem de onde baixá-lo. Esqueça.
- Você pode comprar uma versão antiga do programa na banca de jornal e instalá-lo.
- Você pode comprar uma cópia pirata no camelô da esquina, cometer um crime (pirataria é crime) e, com isso, subsidiar o crime organizado. Ao instalá-lo, você corre o risco de instalar vírus e spyware junto, por isso, nessas horas, é importante conhecer um criminoso (pirata) em quem você possa confiar. Eu não conheço.
- Você pode entrar em alguma rede peer-to-peer e baixar uma cópia pirata, cometer um crime e ajudar os outros (que baixarem pedaços dele a partir do seu micro) a cometer o mesmo crime. Ao menos isso não ajuda o crime organizado. O risco de vírus e spyware é igual ao do camelô da esquina.
Como se não bastasse, uma vez baixado o programa, você tem que rodá-lo. E você normalmente precisa ser administrador da máquina para fazê-lo. Rodar um programa como administrador é mais ou menos como carregar explosivos. Eu sei o que fazer, mas não pediria ao meu filho para fazê-lo.
De novo, usuários que só viram Windows acham que essa é a Ordem Natural das Coisas.
Todo desktop Linux moderno emprega o conceito de "pacotes". O Firefox vem em um pacote, o OpenOffice vem em um pacote. O sistema sabe qual pacote depende de qual outro pacote e toma conta de tudo para que você sempre tenha o que precisa. É um conceito muito sofisticado se comparado ao ambiente primitivo que usuários Windows encontram.
Quando eu preciso instalar um programa no meu Linux, eu abro o Synaptic (o gerenciador de pacotes do Ubuntu) e procuro, nas listas (ele permite fazer buscas, lógico) pelo que eu quero. Às vezes, eu sei o nome, em outras vezes eu não sei. De vez em quando eu procuro por uma ou mais palavras-chave e olho a lista que o Synaptic prepara para mim. Às vezes, eu encontro coisas que eu não sabia que existiam, mas que quebram um grande galho. Quando eu mando instalar, ele vê se eu preciso instalar alguma coisa a mais, baixa e instala tudo sozinho. Instalar um Apache, um MySQL, um Quanta, um BlueFish ou quase qualquer outra coisa que esteja nos repositórios do Ubuntu (são vários milhares de programas) é sempre assim, ridiculamente fácil.
Uma empresa pode criar seus próprios repositórios para dizer o que as pessoas têm e podem ter em suas máquinas, disponibilizando apenas aqueles programas que a empresa aprova. Isso reduz o uso do link e, de quebra, garante um controle maior sobre os computadores de trabalho.
A divisão do software em pacotes também facilita muito na hora de atualizar a máquina (é importante manter seu Linux atualizado). A vantagem maior é que a máquina é capaz de atualizar todo o software que veio em pacotes. Assim, não só meu sistema é atualizado, mas meu leitor de e-mail, meu comunicador, minha agenda. Tudo sempre atualizado.
No Windows, os programas precisam tomar conta de si próprios e avisam, cada um do seu jeito, que existe uma versão nova. Coisas como o Microsoft Update (que atualiza o Windows e o Office) são um passo na direção certa (embora eu já tenha dito um palavrão hoje por conta da insistência do pop-up de "Deseja reiniciar o computador agora?". Eu já apertei o "Reiniciar Mais Tarde" 5 vezes e ele podia muito bem se ligar que eu estou ocupado. Até meu cachorro é mais esperto.
No futuro, talvez o Windows Update esteja no mesmo nível de sofisticação de um bom Linux. Ainda não é o caso.
Mas por hora, instalar software nele é uma aventura.
O Browser
A vida no Internet Explorer é espartana, mas não chega a ser ruim. Fazem muita falta o campo de busca do Firefox, o suporte a RSS (muito útil para ler notícias) e o "Tabbed Browsing". A vida só fica mais suportável porque é possível instalar um Firefox no Windows (ainda bem que existe essa versão), mas muitos usuários leigos vão ficar com o IE mesmo porque não existem jeitos muito fáceis (do ponto de vista de um leigo) de baixar um browser melhor.
Não sei quanto aos leigos, mas eu sempre tenho várias páginas abertas ao mesmo tempo. Eu uso muito o recurso das abas no firefox - assim eu abro mais de uma página em uma só janela. É mais limpo. Quando eu vejo um link interessante em uma página, eu clico com o botão do meio (a rodinha) e não sou interrompido com uma janela abrindo - apenas mais uma aba aparece no topo da janela e eu continuo lendo de onde eu estava. Só depois eu corro atrás da outra informação. Dá pra instalar a barra do MSN, que tem isso. Mas eu preferiria que ela fosse menos ofensivamente feia. O IE 7 também copia esse recurso.
Já para quem faz web, o IE é um pesadelo. Ele suporta muito mal os padrões do W3C, gerando custos extras, retrabalhos e atrasos. Muitos sites são afetados por esse problema. O Webmotors, por exemplo, levou meses para começar a funcionar em browsers que não o IE e ainda não funciona direito. Eu escolhi um banco, entre outras razões, porque o site deles funciona com meu Linux.
Todos esperam que o IE 7 melhore isso. Eu vou esperar sentado.
E-Mails
O Windows tem o Outlook Express e o Office tem o Outlook. Nenhum dos dois tem filtragem adequada de spam. Por "adequada", eu entendo "tão boa quanto a do Thunderbird ou do SpamAssassin". Outlook Express não tem. No Outlook 2003 vem, mas ela deixa muito a desejar. Todos os dias eu recebo várias mensagens incômodas, várias delas com attachments carregando vírus ou cavalos de tróia. Eu perco vários minutos do meu tempo limpando minhas caixas de entrada. Se a dupla spam e Outlook são um problema, você pode baixar e instalar o SpamBayes, que vai melhorar muito a qualidade da sua vida.
A maioria dessas mensagens se origina em outras máquina Windows que tiveram menos sorte do que a minha e foram infectadas por programas maliciosos que passaram a usá-las para mandar cópias de si mesmos, programas para capturar telas, teclado e movimentos de mouse (junto com seus dados bancários), entre tantas outras coisas que eu jamais aprovaria que meu computador fizesse.
Isso me leva a outra coisa.
Viver com Medo
Qual é o programa mais importante para se ter no Windows? Aquele que é o primeiro que se instala?
Se você tem algum juízo, vocâ vai dizer que é um firewall, para impedir que adolescentes espinhentos do outro lado do mundo invadam sua máquina através da internet. O firewall do Windows XP é muito simples - eu recomendo que você compre um mais sofisticado ou um daqueles roteadores que você pluga no ADSL e usa para repartir a conexão (e que dá alguma proteção com isso). Uma máquina Windows recém instalada, na última vez em que eu li algo a respeito, dura apenas alguns minutos antes de ser invadida (não por uma pessoa, mas por outra máquina Windows que foi invadida antes e que está rodando um programa automático de invasão). Um amigo meu, entusiasta de Windows, foi invadido antes de terminar de instalar o Windows. O segundo programa, sem dúvida, é um anti-vírus, que serve como uma segunda camada de proteção - se a máquina foi invadida, é ele que tem que descobrir e remover o problema. Os bons também evitam que e-mails com vírus e afins sejam usados para invadir sua máquina.
Usar Windows é viver com medo. Você nunca sabe se aquele programa que você baixou e que diz que é legal não vai estragar sua máquina. Você nunca sabe se aquele site estranho que seu amigo indicou não vai acabar instalando algo no seu micro. Ultimamente, até vídeos e imagens têm carregado vírus.
Controvérsias
Muito se tem dito sobre se o Linux está pronto para o desktop. Eu uso há anos e estou muito satisfeito. Algumas coisas melhoraram muito desde minha primeira tentativa e prometem melhorar mais ainda (o próximo Ubuntu - sai em abril - deve vir com o Gnome 2.14). Com o trabalho feito com a integração de aceleradores 3D ao desktop, o Linux está ganhando a sofisticação visual do Macintosh meses antes do Windows Vista estar disponível.
Eu, pessoalmente, acho que o Linux está pronto para o desktop do usuário comum.
Mas, certamente, para estar pronto para o usuário avançado, o Windows tem um longo caminho a percorrer.
Honestamente, não sei como eu aguentei.
© Ricardo Bánffy
Adendos:
Eu tenho recebido numerosas mensagens de leitores. Alguns concordam totalmente, outros discordam profundamente. É natural que aqui eu fale mais sobre os que discordam.
Antoine me avisou que o release do Ubuntu 6.04 foi adiado em seis semanas (semanas, nem meses, nem anos). Por conta disso (do lançamento em junho) ele passa a se chamar 6.06 (Junho de 2006). O anúncio oficial do atraso, feito por Mark Shuttleworth (o homem que banca o Ubuntu que, coincidentemente, também foi o segundo turista espacial e que, apesar do nome, vôou de Soyuz), está aqui.
Muitos outros dizem que não podem viver sem PhotoShop ou DrewamWeaver ou FrontPage. Aos que usam FrontPage, por favor, parem com as drogas. O HTML que ele gera é tão sujo que provoca depressão suicida em qualquer validador de HTML/CSS. O DreamWeaver é melhorzinho, mas os profissionais de verdade preferem editar na mão. Pra isso, eu gosto muito do Quanta, que tem até uma versão comercial com uns sinos e apitos a mais. É um pouco mais cara que o DreamWeaver de camelô. Quanto ao PhotoShop... Tem o GIMP, mas eu concordo que ele precisa melhorar muito para ficar tão "fluido" quanto o PhotoShop. De repente se mais profissionais da imagem (fotógrafos, designers) começarem a usar, podem começar a dar sugestões para os desenvolvedores. Eu presumo que eles também queiram fazer um produto melhor.
E sim, eu mencionei no texto dificuldades que novatos têm (por exemplo, o patético mecanismo de instalação/atualização de programas). Eu escolhi mencioná-las porque, além de derrubar novatos, elas fazem usuários experientes perderem tempo descobrindo de onde baixar as coisas (e correndo o risco de baixar uma versão "falsa" do programa).
Este artigo também está disponível aqui.