Se o outro é o Jesusphone, como esse vai se chamar?
O mercado de gadgets às vezes passa um tempo sem grandes novidades, mas, de vez em quando, aparece um produto que provoca uma revoluçãozinha. Estamos falando não do iPhone (que acordou a indústria de smartphones do seu sono tedioso), mas do Palm Pre, a "tábua de salvação" da Palm.
A Palm pode não ter inventado o smartphone, mas eles compraram depressinha quem inventou, a Handspring. Ainda hoje, alguns dos smartphones da empresa usam o nome Treo, herdado da finada (ou assimilada) Handspring.
Infelizmente, essa foi a última decisão inteligente que a empresa tomou por muitos e muitos anos. Sério... Para dar uma idéia da seriedade do problema, eles compraram o BeOS depois da Be morrer.
Agora, finalmente, parece que a Palm resolveu que ia deitar e morrer como os analistas esperaram, mas sim fazer um daqueles gadgets que todo mundo vai querer ter.
Eu, pelo menos, quero um.
E, como se isso não bastasse, ele ainda roda todos os zilhões de programas que existem para a plataforma Palm atual (aquela que eles espertamente venderam para a Access)...
Providências tardias
Hoje, depois de tempo demais, talvez, eu resolvi pedir à Arquidiocese de Olinda e Recife para que agendasse minha excomunhão. Sugeri a quinta-feira, caso isso tenha que ser feito presencialmente. Quintas são mais tranquilas para mim e eu posso ter que ir até lá.
Já há muito não posso ou quero me considerar católico, ou mesmo cristão. Agnóstico é o mais longe que eu vou nesse terreno escorregadio - com meus amigos ateus declarados eu brinco que me falta a fé necessária para afirmar sem sombra de dúvida que o amigo imaginário de tantos outros não passa disso: de um amigo imaginário.
A gota d'agua foi a excomunhão da mãe e dos médicos de uma menina de 9 anos, 33 Kg e 1m30 de altura, grávida de gêmeos resultantes de um de muitos estupros sofridos desde os 6 de idade pelo padrasto que a Igreja acha não merecer a excomunhão.
Quem quiser me seguir pode produrá-los diretamente ou, melhor, procurar o representante da Igreja mais próximo de onde você mora, para evitar viagens desnecessárias.
Em São Paulo, o site é http://www.arquidiocese-sp.org.br/contato.htm, onde há e-mails e telefones. A página em que eu fui é em http://www.arquidioceseolindarecife.org.br/falmang.htm e tem um formulário para contato pela web. No Rio de Janeiro, você pode ir a http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=40.
Rupturas como essa não são coisas fáceis. Eu sei que essa decisão magoa pessoas muito queridas, mas também sei que elas entenderão e respeitarão minha decisão. Em outros tempos, eu ainda encontrava alguma compatibilidade entre os valores da Igreja Católica e os da minha consciência.
Hoje não consigo mais. É tempo de ouvir minha consciência.
"Elevate our profits"
Às vezes eu fico desconfortável criando um longo desfile de posts ridicularizando, questionando ou condenando a Microsoft. Eu preferiria ser considerado pro-software-livre, pro-diversidade, pro-inovação e outras coisas do que ser considerado mais um de tantos rabugentos anti-Microsoft.
O problema é que eles vivem fazendo coisas que merecem o ridículo público.
Não me entendam mal. Eu gosto de falar mal da Microsoft. Ela é o valentão burro da escola, que é forte, mas sempre acaba fazendo papel de bobo, mesmo quando bate nas crianças mais fraquinhas. É bronco, tem manchas de suor nas axilas e cheira mal. Peida em público. Nunca fica com as garotas.
Eu acabei de ler no Slashdot (uma fonte sem fim de inspiração para MS-related rants) que a Microsoft tem seu próprio plano de estímulo para a economia americana. O plano se chama "Elevate America".
Isso pode ou não ser uma resposta ao pedido de Obama a Scott McNeally (o divertidíssimo ex-CEO da Sun e rabugento-mor do time anti-Microsoft) para que investigasse software de código aberto como uma forma de poupar dinheiro público ou ao apelo de 19 proeminentes figuras do mundo open-source para que Obama considerasse o estímulo direto a projetos abertos como forma de estímulo econômico. Não há como saber. A idéia é suficientemente estúpida para ter partido das fileiras da companhia, de alguém ansioso demais por subir a escada corporativa.
O plano idiota é assim:
(não riam, por favor)
Em um primeiro momento, a Microsoft vai disponibilizar, em seu site, material didático ensinando coisas como como usar a internet, como mandar e-mails e como criar currículos (com Windows, IE e, provavelmente, Office, respectivamente), assim como material "mais avançado" sobre como usar outros produtos da companhia.
Em um segundo momento, ela vai recrutar a ajuda de capan^H^H^H^H^H governos locais como os dos estados de Flórida, Nova Iorque e Washington para tornar esses materiais facilmente disponíveis para seus moradores.
Estou comovido com toda essa generosidade em ensinar as pobres pessoas a usar os produtos que eles mesmos vendem. Só achei que, para ter o apelo emocional correto, faltam no site algumas fotos de filhotes de labrador.
Isso tudo é medo de que as pessoas descubram que não precisam da Microsoft para usar seus computadores? Que é perfeitamente possível fazer tudo isso que eles se propõe, generosamente, a ensinar, sem pagar um tostão pelos produtos meia-boca do paquiderme de Redmond?
Depois eles querem processar pessoas que dizem que eles adotam táticas de traficante para aliciar usuários... O que é isso se não dar de presente ao futuro dependente sua primeira dose?
Nota: Você também encontra esse artigo lá no Webinsider. Lá você também vai encontrar os comentários dos leitores de lá, que costumam ser muito mais numerosos que os daqui.