Update on the SOPA supporter list
Since originally posted, the SOPA supporter list has moved and changed. Some interesting additions, some interesting removals.
Companies that support SOPA
Here is a handy list, copied on 2011-12-22, 21:30 UTC from http://judiciary.house.gov/issues/Rouge%20Websites/SOPA%20Supporters.pdf, of the companies that openly support SOPA. It's handy in case some lobbyist persuades the US House of Representatives to remove the original file
Por que você não deve deixar de ir à LinuxCon só por causa do keynote do Sandy Gupta
Os amigos
Muitos amigos meus estão dizendo que não vão à LinuxCon Brazil por conta de um keynote por um representante da Microsoft. Isso me preocupa muito e me preocupou a ponto de eu me decidir a escrever este post
O mentiroso
A Microsoft é uma entidade engraçada. É extremamente consistente e previsível. Joga baixo, sempre que pode. Seus funcionários acreditam, de coração, que está tudo bem e que é normal fazer essas coisas. Se me convidarem pra jogar bola, eu não vou. Devem dar caneladas, cotoveladas e tudo o mais que puderem, desde que acreditem que vão ficar impunes.
Sandeep Gupta veio da SCO. Foi ele o cara (eu pensei em usar "mané", mas ele sabia muito bem o que estava fazendo) que anunciou (PDF) que havia código do Unix no Linux. Eu escrevi sobre isso há muito tempo - desde então se provou que o Linux não tem código Unix nele e que a SCO não tinha nenhum direito sobre o código que ela dizia ser dela que ela dizia que foi parar (e não foi) dentro do Linux. Lá ele chegou a ser presidente da SCO Operations, seja lá o que fosse que ela operasse.
Muita gente suspeita que a SCO foi apenas um laranja para a Microsoft. A Microsoft tem uma série de coincidências interessantes de executivos que destruíram competidores e que, depois disso, acabaram trabalhando em cargos prestigiosos da empresa. Um que eu me lembro fácil é Rick Beluzzo, que fez com que a HP praticamente abandonasse o desenvolvimento do HP-UX e priorizar servidores Windows, porque, nas palavras dele "NT é o futuro" (em tempo - a divisão de servidores da HP que mais dava lucro era a dos HP-UX, na última vez que eu olhei). Depois da HP ele foi a Silicon Graphics (mais ou menos na época em que a Microsoft comprou a Softimage e estabeleceu o NT como alternativa viável para animação) e que acabou licenciando a preço de banana a tecnologia de aceleração de 3D deles para a Nvidia (que permitiu PCs com performance de 3D similar às SGIs e que enterrou de vez o negócio deles). Depois disso ele foi parar na MSN e deve ter ganho seus vários milhões com isso tudo. A história de Gupta é um paralelo notável e demonstra que, se não a SCO, pelo menos ele esteve a serviço da Microsoft desde o início.
Você contrataria um executivo como ele?
Nem eu.
Mas esse não é o ponto. O homem é um pulha e a Microsoft não é uma empresa ética. Isso não é segredo e nem é a primeira vez que eu digo isso.
O evangelista
James Plamondon era um evangelista da Microsoft. Em uma apresentação, ele explicou como se faz para esvaziar um evento de um competidor - a Microsoft simplesmente aparece no evento. Plamondon, nessa entrevista, se vangloria de ter acabado com duas conferências de desenvolvedores de Mac tornando-as multi-plataforma e impondo tracks com palestras que não interessam a ninguém. Desenvolvedores de software para Mac não querem ir a uma conferência para assistir palestras sobre como escrever software para Windows. Ao impor sua presença, ele espanta conferencistas e, a longo prazo, estrangula a conferência, que morre, aparentemente, de causas naturais. A primeira foi a Mac App Developers Conference, onde ele era membro do board da associação por trás. A segunda foi a Technology and Issues Conference. As duas tiveram uma vida longa antes da Microsoft decidir acabar com elas.
Está tudo aqui. Essa parte que eu mencionei está na página 27, mas o PDF tem 66 páginas de pura maldade (o método que ele usou para entrar na grade de uma conferência é particularmente maligno). Esse pessoal não é só ultra-competitivo. Eles não tem caráter nenhum.
O vilão
Não tenha dúvida de que a Microsoft pagou, direta e indiretamente, para estar na LinuxCon. Mas nós ganhamos com isso. O evento fica melhor no geral, tem mais dinheiro, as entradas podem ser mais baratas e o lanche pode ser melhor. O espaço pode ser mais bem-cuidado, as palestras podem ter mais pessoas. E o preço disso é que temos a oportunidade de ir lá e detonar com o cara no keynote dele. Gente! É o cara da SCO! Melhor que isso só se fosse Bill Gates! Ele vai ser um alvo fácil falando por uma hora. Você pode estar no auditório e, quando ele subir ao palco, sair como forma de protesto (cuidado - ele vai usar a carta da "intolerância" e do "fanatismo" para nos demonizar). Melhor é ficar e crivá-lo com as perguntas mais pontudas e cortantes que puderem imaginar. Se você tiver uma credencial de imprensa, use-a para fazer perguntas na entrevista coletiva. O cara é mau e merece. Simboliza e protagoniza tudo o que existe de mais errado em nosso mercado. Eu lamento profundamente não poder ir pessoalmente dessa vez, mas minha oportunidade de trollá-lo vai chegar.
O que não podemos fazer
Essa parte é muito importante.
Evidentemente, não podemos usar de violência. Eu imagino que também não seja permitido entrar com tortas no auditório. Mais importante do que tudo isso é não deixarmos que a Microsoft esvazie o evento. Se você não aprova e não tem estômago pra ficar ouvindo, vá para o corredor durante o keynote fazer alguma coisa. É uma LinuxCon, afinal. Vá escrever algum código que ajude os outros. Encontre alguém e vá resolver algum problema seu. Deixe que ele fale sozinho sobre a interoperabilidade que a empresa dele não quer. Distribua folhetos, imprima a página 27, traduza, publique em seu blog. Faça algo. Eles vivem da nossa inação.
Mas, mais do que tudo isso, não deixe de ir. O evento e a comunidade a que ele serve não precisam de Guptas e Plamondons.
Precisam de você.
Limpeza étnica de web-sites
Quem me conheçe sabe que eu não tenho a Microsoft em alta conta. Para mim é dificílimo imaginar a empresa atuando como uma corporação responsável ou de qualquer forma que incentive a prática de altos padrões morais. Para mim, eles são mais um sinônimo de competição predatória e irresponsável.
Mas esse não é o ponto desse post
Imagem e publicidade
A moldagem de mensagens publicitárias para um determinado público-alvo pode se tornar um problema espinhoso muito facilmente e qualquer iniciativa nesse sentido deve ser considerada com muito, muito cuidado. Foi por isso que eu me surpreendi com uma discussão no Hacker News que mostrava dois links para páginas correspondentes em sites da Microsoft, uma delas nos Estados Unidos, outra na Polônia. As imagens das páginas foram, desde então, igualadas, mas eu deixo aqui um retrato de como elas estavam hoje à tarde.
Primeiro a página da matriz:
E, em seguida, a versão polonesa da mesma página:
Eu preciso admitir que mesmo não usando mais os produtos da empresa, ela continua me dando, se não alegrias, motivo para riso.
Adendo: Eu não tinha visto isso quando escrevi o post: http://microlove.ytmnd.com/
Você precisa seguir o link.