SOPA, PIPA and our lost innocence
Today many websites are engaged in protests. They protest against abusive and oppressive laws proposed by corporations who are unwilling to adapt to the new reality they found themselves in. Corporations who have corrupted representatives in many countries (albeit the protest is against two laws being considered in the United States, similar laws exist and are being considered all over the world) threaten to enable corrupt governments to quickly and swiftly silence any opposition. For these dinosaurs to survive, our new world of free exchange of ideas must die. We must not allow that to happen.
Update on the SOPA supporter list
Since originally posted, the SOPA supporter list has moved and changed. Some interesting additions, some interesting removals.
Companies that support SOPA
Here is a handy list, copied on 2011-12-22, 21:30 UTC from http://judiciary.house.gov/issues/Rouge%20Websites/SOPA%20Supporters.pdf, of the companies that openly support SOPA. It's handy in case some lobbyist persuades the US House of Representatives to remove the original file
Dinheiro público e eventos comunitários
Alguns dias atrás, eu escrevi uma resposta a um texto do Reinaldo Azevedo, um blogueiro/articulista da Veja. Ele associou software livre ao PT. Parece ser um erro conceitual comum. Um amigo meu acaba de me contar de um outro jornalista, Políbio Braga, que se manifestou contra o uso de verbas públicas no FISL. A opinião dele, equivocada em vários pontos, reflete muito do não se entende sobre software livre, sobre modelos econômicos baseados nele e sobre espaços comunitários como o FISL.
Negócio
Uma das idéias dele é que software-livre seja um negócio como qualquer outro. Num certo sentido, ele tem razão. Há muitas e muitas empresas que usam e fazem software livre e ganham (ou pelo menos economizam) dinheiro com isso. Mas essa percepção só captura metade da coisa. Sofware livre não é sobre custo zero. Software livre é sobre liberdade do usuário. Software livre não nega ao usuário o direito de usar o programa como ele quiser. Por exemplo, usuários de Windows podem esbarrar em restrições artificiais que não permitem o uso de toda a memória ou todos os processadores. Ou de um número maior do que um certo tanto de contas de e-mail. Software livre também respeita a autonomia do usuário de examinar e modificar o programa - ou contratar alguém que saiba como fazer isso. Por conta disso, ele é importante quando se demanda auditabilidade, como, por exemplo, em aplicações militares. Você não quer que, por exemplo, seu avião de caça tenha um kill-switch que possa ser acionado pelo seu oponente, quer?
Então... Software livre é um negócio, mas é um negócio correto e honesto, que dá e respeita os direitos do consumidor, ao contrário do modelo tradicional do software proprietário, que só dá direitos muito limitados sobre alguma coisa que, supostamente, foi vendida.
Plataforma política
Algumas pessoas defendem software livre como uma bandeira ideológica que parece saída dos anos 50. Felizmente são poucos. Ideologia política é um assunto que nada tem com software livre além de uma tênue conexão coincidencial. Ao propor a adoção de software livre, estamos nos tornando mais independentes de empresas americanas. A motivação, no entanto, seria a mesma se fossem empresas cubanas, venezuelanas, iranianas ou norte-coreanas. A motivação é a independência, não o alinhamento com um ou outro "eixo". Uma identidade muito próxima com esses regimes seria, inclusive, contraditória, uma vez que o software livre também defende direitos e liberdades que esses governos tolhem.
Mas isso é a minha opinião. Uma causa justa não precisa ser associada a todas as outras causas de quem as apóia.
Geração de riqueza, versão 2.0
O FISL interessa à comunidade.
No FISL muita gente se encontra. Já conheci empresas e parceiros que tornaram possíveis alguns usos inovadores de tecnologia que simplesmente não seriam possíveis, ou fáceis, sem isso. Eventos como o FISL, hackatonas (participei, por exemplo, com meu filho, do Random Hacks of Kindness) são tanto grandes aceleradores de desenvolvimento (porque as pessoas estão fisicamente juntas) como ferramentas educacionais poderosas (para quem é um novato). Assim, eventos como o FISL geram uma enorme riqueza, tanto de idéias, como de produtos que chegarão ao mercado em breve e que servirão, como bons produtos livres, de plataforma para criação de negócios e geração de valor.
Os visitantes do FISL também deixam uma pequena fortuna nos hotéis, restaurantes e taxis da cidade.
Eu diria que a conta fecha, com facilidade. Tanto o governo federal como o governo do estado do Rio Grande do Sul são grandes usuários de software livre. Ter software livre de melhor qualidade é, para eles e para seus cidadãos, um ótimo negócio. E, como não precisam gastar em licenças, podem usar uma fração do dinheiro economizado ajudando a organizar eventos que melhoram a qualidade do que usam. Simples, não?
Sugestões de leitura
Da mesma forma como no outro, eu vou deixar umas sugestões de leitura
- FISL 7
- Quando Geeks Se Encontram
- e, a resposta original, Resposta à idéia de que software-livre seja coisa do PT