"Elevate our profits"
Às vezes eu fico desconfortável criando um longo desfile de posts ridicularizando, questionando ou condenando a Microsoft. Eu preferiria ser considerado pro-software-livre, pro-diversidade, pro-inovação e outras coisas do que ser considerado mais um de tantos rabugentos anti-Microsoft.
O problema é que eles vivem fazendo coisas que merecem o ridículo público.
Não me entendam mal. Eu gosto de falar mal da Microsoft. Ela é o valentão burro da escola, que é forte, mas sempre acaba fazendo papel de bobo, mesmo quando bate nas crianças mais fraquinhas. É bronco, tem manchas de suor nas axilas e cheira mal. Peida em público. Nunca fica com as garotas.
Eu acabei de ler no Slashdot (uma fonte sem fim de inspiração para MS-related rants) que a Microsoft tem seu próprio plano de estímulo para a economia americana. O plano se chama "Elevate America".
Isso pode ou não ser uma resposta ao pedido de Obama a Scott McNeally (o divertidíssimo ex-CEO da Sun e rabugento-mor do time anti-Microsoft) para que investigasse software de código aberto como uma forma de poupar dinheiro público ou ao apelo de 19 proeminentes figuras do mundo open-source para que Obama considerasse o estímulo direto a projetos abertos como forma de estímulo econômico. Não há como saber. A idéia é suficientemente estúpida para ter partido das fileiras da companhia, de alguém ansioso demais por subir a escada corporativa.
O plano idiota é assim:
(não riam, por favor)
Em um primeiro momento, a Microsoft vai disponibilizar, em seu site, material didático ensinando coisas como como usar a internet, como mandar e-mails e como criar currículos (com Windows, IE e, provavelmente, Office, respectivamente), assim como material "mais avançado" sobre como usar outros produtos da companhia.
Em um segundo momento, ela vai recrutar a ajuda de capan^H^H^H^H^H governos locais como os dos estados de Flórida, Nova Iorque e Washington para tornar esses materiais facilmente disponíveis para seus moradores.
Estou comovido com toda essa generosidade em ensinar as pobres pessoas a usar os produtos que eles mesmos vendem. Só achei que, para ter o apelo emocional correto, faltam no site algumas fotos de filhotes de labrador.
Isso tudo é medo de que as pessoas descubram que não precisam da Microsoft para usar seus computadores? Que é perfeitamente possível fazer tudo isso que eles se propõe, generosamente, a ensinar, sem pagar um tostão pelos produtos meia-boca do paquiderme de Redmond?
Depois eles querem processar pessoas que dizem que eles adotam táticas de traficante para aliciar usuários... O que é isso se não dar de presente ao futuro dependente sua primeira dose?
Nota: Você também encontra esse artigo lá no Webinsider. Lá você também vai encontrar os comentários dos leitores de lá, que costumam ser muito mais numerosos que os daqui.
Muita cara de pau
É muita cara de pau quando alguém da Microsoft fala que quem compra um Apple paga uma "Apple tax".
É querer desviar a atenção do fato de que quase todo mundo que compra um PC (eu inclusive), mesmo que não rode Windows, paga por uma licença. A isso dá-se o nome de "Microsoft tax".
É muito desonesto querer inventar um termo novo apenas para tirar significado do antigo. Além disso, é um truque muito manjado.
Quem compra um Mac compra para rodar OSX. Nem todo mundo que compra um PC compra pra rodar Windows.
É simples assim. Não existe "Apple tax". Existe "Microsoft Tax".
Windows 7 ou Cairo 2.0
Cairo era o nome do "sistema operacional para acabar com todos os sistemas operacionais" que a Microsoft prometeu no começo dos anos 90. Cairo era uma das cartas da "mão imaginária" com a qual a Microsoft blefou por boa parte dos anos 90.
Malacus Curiae
As cortes e seus amigos